CIAM - Comitê Israelita do Amazonas
Telefones: (92) 3234-9558
Fax: (92) 3233-6361
Página web: http://www.comiteisraelita.com.br
Email: comiteisraelita@gmail.com
História da comunidade judaica do Amazonas
A imigração judaica para a Amazônia se deu a partir do século 19, com maioria de judeus sefaradim originários do Norte da África: Tânger, Tetuan, Rabat, Casablanca, Marrocos francês e espanhol, Argélia e outros lugares, incluindo também Portugal (que era também parte da rota de imigração ao Brasil).
O professor Samuel Benchimol estima que entre 1810 e 1850, antes, portanto, do ciclo da borracha, chegaram à região (incluindo a Amazônia peruana) cerca de 300 famílias judaicas. Entre 1851 e 1910, chegaram outras 700. No total, cerca de 650 foram para o Pará, 200 para o Amazonas e outras dezenas para a Amazônia peruana (Iquitos).
Ainda segundo Benchimol (em “Estrutura Geo-social e Econômica da Amazônia), “esses imigrantes localizaram-se, inicialmente, nas pequenas cidades do interior do Pará e Amazonas, como Cametá, Almeirim, Óbidos, Santarém, Itaituba, Itacoatiara, Tefé, Humaitá, Porto Velho, além de Belém e Manaus, como empregados em escritórios e estabelecimentos comerciais, ou em atividades mercantis de aviamento e regatão. Mais tarde, já no período áureo do ciclo da borracha, iniciou-se a fase de sua promoção econômica como arrendatários e proprietários dos seringais, no interior, ou como compradores de produtos regionais, nas praças de Belém e Manaus”.
Durante este período, lembra Benchimol, a Amazônia foi povoada, também por grande número de imigrantes portugueses, espanhóis, italianos, franceses, ingleses, alemães, além de sírio-libaneses chegados à região no final do século 19. As atividades exercidas pelos judeus estavam também relacionadas com outros países, como o Peru.
Essa imigração do século 19 não deixou uma comunidade judaica organizada em Manaus e outros centros urbanos na virada para o século 20. Provavelmente a maioria se dispersou em pequenas localidades onde exerciam suas atividades comerciais.
Foi após a decadência do ciclo da borracha que uma comunidade sólida se estabeleceu na capital do Estado. Com a crise econômica na região se fortaleceram as comunidades de Manaus e Belém. Em 1925, foi fundada em Manaus a sinagoga Beth Jacob e em 15 de Junho de 1929 foi criado o Comitê Israelita do Amazonas – CIAM, marcos da moderna vida judaica Entre 1930 e 1950, a comunidade em Manaus teve cerca de 250 famílias. As instituições locais incluem também a Sinagoga Beth Jacob/Rebi Meyr, o clube A Hebraica e o Cemitério Israelita/Chevrah Kadishah de Manaus. O “Semana CIAM” é o informativo oficial do Comitê Israelita do Amazonas.
O texto acima é do historiador Roney Cytrynowicz.
Bibliografia:
Benchimol, Samuel. Eretz Amazônia. Os judeus da Amazônia. Manaus, Valer, 2008.
Falbel, Nachman. David José Pérez. Uma biografia. R.J., Garamond, 2005.
Benchimol, Samuel. Eretz Amazônia. Os judeus da Amazônia. Manaus, Valer, 2008.
Falbel, Nachman. David José Pérez. Uma biografia. R.J., Garamond, 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário